Nesta segunda-feira (30.07) a Arezzo inaugurou sua nova sede em Campo Bom, Rio Grande do Sul, cidade reconhecida como parte do pólo calçadista do estado.
A nova sede da indústria, líder no setor nacional para público com renda das classes A e B de calçados, bolsas e acessórios femininos, tem 14 mil metros quadrados e reúne, no mesmo espaço, as quatro marcas da empresa: Arezzo, Schutz, Alexandre Birman e Anacapri, além da área administrativa.
Para Anderson Birman, a união de todas as operações em um único local levará a um melhor compartilhamento de serviços entre as marcas. “Ganharemos em velocidade, sinergia e em qualidade”, disse.
A inauguração contou com a presença do governador do Estado, Tarso Genro, que circulou pelas dependências da fábrica, conheceu os principais produtos da empresa e descerrou a placa inaugural da empresa acompanhado pelo presidente da Arezzo, Anderson Birman.
Além do governador, também estavam presentes no evento prefeitos da região, diretores de feiras do setor, sindicatos, jornalistas, parceiros e fornecedores, investidores acionistas, franqueados e clientes de todo o Brasil.
A nova sede é um dos mais relevantes investimentos da companhia em infra-estrutura dos últimos anos e fortalece o compromisso de longo prazo da empresa com o Rio Grande do Sul, confirmando uma parceria de sucesso de mais de 15 anos com a Região do Vale do Sinos.
A Arezzo possui 338 lojas no país e 292 franquias em mais de 160 cidades, 11 delas no Rio Grande do Sul. A empresa produz mais de oito milhões de calçados e artigos de couro por ano (86% terceirizada), tem dois mil funcionários e fechou, em 2011, uma receita líquida de R$ 678,9 milhões.
O espaço, agora ocupado pela Arezzo, era a sede da fabricante de calçados femininos Schmidt Irmãos. Fundada em 1943, a Schmidt Irmãos tinha 21 unidades industriais no estado do Rio Grande do Sul.
A produção chegava a 4,5 milhões de pares por ano e o número de funcionários, a três mil, mas desde 2010 a empresa desativou as unidades e decidiu transferir sua produção para a Nicarágua.
Na Nicarágua a empresa, que opera com o nome de SCA Footwear Nicarágua, fica livre dos impactos da valorização do real, consegue colocar os produtos nos mercados consumidores mais rapidamente, tem acesso a mão de obra farta e barata e arcam com menos impostos para exportar para os Estados Unidos e Europa.
Será que o Brasil é realmente um país bom para se produzir e exportar calçados?
Afinal, no Brasil precisa-se trabalhar muito mais para obter o mesmo lucro que se obtém fora do país. Para isso é importante saber do todo do negócio, resumindo: produto, fabricação, pontos de venda, marketing e claro, do famoso e ciclotímico varejo nacional de calçados e bolsas. Algo que o grupo Arezzo já provou, afinal de contas fatura mais de 600 milhões de reais, mas tem um negócio avaliado em 1 bilhão e meio de reais, como decretou a Bovespa no ano passado.
Sai de Minas, vem pro Rio Grande e tem perfomance mundo. Salve, salve AREZZO & CO, e todos nós do setor ganhamos e somos valorizados por isso.